terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Evo faz História novamente


No final do mês passado, pela primeira vez em 183 anos de vida republicana, os bolivianos foram chamados a participar de um referendo sobre a Constituição. Evo Morales, em 2005 foi eleito o primeiro presidente de origem indígena da história da Bolívia, vencendo no primeiro turno, algo que não acontecia há mais de 30 anos. Agora, em 2009, Evo consegue mais uma grande vitória, o povo boliviano disse SIM à nova Constituição.

Antes mesmo de proclamada a vitória do SIM, o povo já estava nas ruas comemorando. Todas as organizações internacionais, juntamente com a Corte Eleitoral Nacional, confirmaram a lisura do processo eleitoral.

Por aqui, a “grande mídia” segue seu discurso alienante; para O Globo, Folha, Estadão, etc. Evo Morales não passa de um ditador fascista. Além, é claro, de ser o comunista comedor de criancinhas.

Evo é Ditador por estar na presidência há longos três anos, eleito democraticamente e com ampla vitória. É ditador, pois em quase duzentos anos, cinco referendos foram convocados, dois deles em seu governo, de três anos.

Após a eleição de Evo a Bolívia erradicou o analfabetismo, foi o terceiro país da América latina (depois de Cuba e Venezuela) a conseguir tal feito; e por isso ele é fascista. Antes, milhares de pessoas não podiam entrar na escola por não terem documento de identidade, Evo ordenou que todos estudassem, com ou sem documentos. Quanto fascismo!

Evo também é Comunista comedor de criancinha, afinal, aumentou o poder dos indígenas que sofreram séculos de discriminação, nacionalizou atividades econômicas estratégicas (coisa que nós fizemos aqui há anos, mas que um certo governo neoliberal tratou de subverter) e ainda proibiu a criação de novos latifúndios, definindo que as fazendas devem ter utilidade econômica e social.

À multidão que se concentrou na Praça Murillo, em La Paz, para celebrar a vitória do SIM, Evo Morales proclamou:
“Aqui termina o Estado colonial. Acabou o colonialismo interno e externo. Aqui também terminou o neoliberalismo, assim como as riquezas naturais da Bolívia não serão mais propriedade de alguns senhores, mas de todo o povo boliviano. Aqui começa uma nova Bolívia com igualdade de oportunidades para todos os bolivianos"

Impossível ficar indiferente à isso.

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