quarta-feira, 18 de março de 2009

Sejamos pragmáticos

A CCJ do Senado aprovou PL que põe fim ao direito de prisão especial para diplomados em curso superior, agora o projeto segue para a Câmara onde provavelmente será aprovado, partindo posteriormente para sanção presidencial.

No entanto, o referido PL mantém a prisão especial para os políticos, fato que causou indignação em diversos setores da sociedade.

só uma pergunta:

Será que vale a pena se indignar por um direito que os políticos nunca usarão?

sábado, 14 de março de 2009

Desconheço as bases do contrato social
Vontade coagida, presumida, vigiada
Nada sei, nada assinei
Nem consenti

Eu conheço as frases do discurso moral
Liberdade fingida, prometida, regulada
Meias verdades, meias palavras
Assim aprendi

sábado, 7 de março de 2009

Volta aos Bons Tempos da Repressão

Como não temos aqui ninguém que faça sátira política de qualidade. Nossos comediantes parecem estar mais interessados em tratar de assuntos triviais, como música, futebol e programas de televisão, do que usar sua relativa criatividade em prol de algo. Assim, tenho o hábito de assistir aos comediantes internacionais. O imperalismo cultural é foda, mas os caras são bons. Esses dias estava vendo a apresentação de um britânico chamado John Oliver e um desses seus esquetes me chamou a atenção. Ele está disponível aqui <http://www.comedycentral.com/videos/index.jhtml?title=john-oliver-unfair-trade&videoId=165955>.

A idéia que ele apresenta adaptade é simples.

Durante muito tempo, a sociedade buscou tratar dos desvios de conduta moral adequada e respeito à lei através de repressão. Logo, aquele que, por exemplo, poluísse um rio deveria pagar uma multa ou talvez teria seu negócio fechado. A empresa que desrespeitasse os direitos dos trabalhadores seria processada. O foco principal era na repressão.

Mas "repressão não funciona" ou "repressão é feio", assim o modelo foi mudando. Aos poucos passamos da repressão para a promoção. Agora, o importante é que aquele que não polui possui um selo dizendo que ele faz comércio justo. O mesmo ocorre com o agricultor que respeita os direitos trabalhistas. Ganha um sinal no seu produto.

Passamos de punições inúteis para medalhas de escoitero. Cada feito correto da empresa, faz com que ela ganhe uma estrelinha no seu uniforme. Quanto mais respeitosa for a empresa, maior o número de estrelinhas e isto nos diria que a conduta dela é moral e legalmente correta.

Por exemplo, a empresa que não compra matéria-prima de fornecedores que exploram outros, podem ganhar um selo de "comércio justo". Cada empresa vira um escoteiro. Leal e ordeiro.

Uma crítica deste dispositivo seria que, da mesma forma que os escoteiros dos EUA foram desmarcarados como um dos principais desmatadores de mata virgem, detonando as florestas que estavam dentro das terras de sua propriedade, estas estrelinhas seriam só fachada. Na prática, apesar da medalinha de honra ao mérito, as empresas continuariam devorando o meio ambiente e mutilando a classe trabalhadora. Segundo este argumento, o que importaria seria o efeito simbólico. O importante seria que o consumidor ficasse feliz com que estava fazendo. Se enganando que seu produto é ecologicamente correto.

Mas não seria por isso que deveríamos abandonar este sistema. A tese do comediante é que devemos voltar um passo para trás. De certa forma, ao menos. Em vez de colocar um selo de comércio justo, deveríamos criar um selo de comércio injusto.



Gostei muito da idéia e acho que devemos levar isto um passo adiante. Independentemente de qualquer tipo de punição que possa vir. Acho que deveríamos colocar selo em tudo.

Por exemplo, a Coca-Cola deveria vir com um aviso: "Podemos ter matado líderes sindicais na Colômbia." O BigMac com uma foto dos abatedouros de carne. A televisão com um aviso: "Cuidado. Pode causa insensibilidade à dor alheia". e os jornais de grande circulação deveriam possuir a manchete: "Produzindo consenso para você hoje, para você não precisar amanhã. Nem nunca." Para os partidos políticos: "Lutando para que a democracia permaneça oligárquica." E a grande maioria dos movimentos sociais e ONGs deveriam ter um cartilha explicando sua proposta e avisando: "Amenizando sua dor, lhe providenciando acesso aos bens básicos e mantendo cada um no seu lugar."

O prefeito ou governador que "não soube administrar" seu feudo poderia usar uma camisa com dizeres como: "Má gestão é boa gestão quando é você quem ganha o milhão"; "Eu mato crianças de disinteria para que ruas particulares possam ter calçamento adequado" ou "Te fodendo por trás enquanto você fica aí parado no sofa."

Algo assim. Em vez de premiarmos o bom comportamento, vamos deixar claro onde estão os filhos da puta.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Proposta de solução

O sarcamos e a comédia são por essência formas de expressão niilistas. Então deixe-me tentar algo diferente. Em vez de falar mal, vou tentar propor uma solução.

Costumamos reclamar que os políticos e autoridades encarregadas de poder em geral estão muito divorciadas da realidade da maioria dos brasileiros. Por isso, não podem entender as reais demandas do povo e acabam adotando medidas arbitrárias e equivocadas. Por isso, em parte, gastam tanto tempo, energia e dinheiro com inutilidades. Se eles realmente sentissem na pele o drama do brasileiro, tudo seria diferente.

Se o juiz, o deputado e o prefeito soubesse o que é estar do outro lado do insulfilm do carro, as coisas seriam diferentes.

Então, a proposta seria que todos estes devessem passar parte de seu cotidiano exercendo algum ofício da plebe.

Por exemplo, o presidente do Tribunal de Justiça teria que ser taxista por um dia. O vereador teria que ser balconista em pastelaria no Centro. Que o presidente da Nigri e demais imobiliárias que estam fazendo o maravilhoso trabalho de limpar o Centro fossem sem-teto e o pessoal da UDR fosse sem-terra.

E que o presidente fosse operário de chão de fábrica (a memória falha e às vezes é bom lembrar de onde se veio para se saber para onde se deve ir ou pelo menos a gente torce para ele perde mais alguma coisa. O dedo foi no passado e nos últimos anos foi a integridade, a coerência, o bom senso e o respeito às camadas populares. Acho que de mental já foi embora o suficiente.).

O prefeito teria que ser gari e o governador policial militar (talvez esta última alternativa não seja um boa idéia no caso do Rio de Janeiro, afinal se ele fomenta uma política genocida, deve ser por ter alguma espécie de neurose latente ou trauma mal resolvido. Alguma tara perversa em recalque que pode se manifestar quando deparado com situações estressantes que remetam a este bloqueio. Assim, ele poderia sair em rompante genocida se estivesse com a farda cinza e dentro do blindado. Isto seria ruim. Ou talvez bom, afinal devemos prezar pelo princípio da honestidade e, nesta situação, haveria maior honestidade, já que o trabalho estaria sendo feito de mão própria).

Mas fugi do meu tema. A idéia é basicamente esta. Mas não acho que devemos nos limitar às ocupações regulares e lícitas. Afinal, boa parte dos brasileiros trabalha em sub-empregos, ramos ilegais de geração de renda e outras improvisações necessária à sobrevivência.

Portanto, seria importante que, por exemplo, o presidente da Assembléia Legislativa fosse membro de milícia ou bicheiro por um dia (a piada resta subentendida). Ou que o desembargador da Câmara Criminal fosse foguete do tráfico. Que o guarda municipal fosse camelô e o policial assassino de aluguel (assim pelo menos ganhava um a mais a mais). E que alguns políticos fossem gerentes de fundo de investimento internacionais (não está ocupação não esta deslocada, esta no parágrafo certo).

Mas confesso que o dia que mais aguardaria seria o dia em que todos eles tivessem que realizar um ocupação que é lícita e é uma das mais antigas da história da humanidade. Algo que supre uma grande lacuna no "coração" de homens e mulheres ao redor do mundo. Rodar bolsinha no bairro da luz vermelha. Eu pessoalmente não sou muito fã de garotos de programa, mas seria interessante ver vossas excelências oferecendo seus corpos em praça pública. Assim, finalmente poderíamos retribuir a eles aquilo que vem fazendo a anos conosco e nosso povo, praticando coito contra as nossas pessoas. Eu sei que eu não ia querer traçar o Cabral ou o Paes (substitua o nome deles pelo da sua autoridade favorita), mas tenho certeza que algum potencial herói nacional faria este sacrifício em prol do bem comum.

Talvez este projeto de lei de iniciativa popular não passe, mas como os políticos tem o hábito de aprovar sem ler o inteiro teor da projeto acho que se colocarmos um nome bonito, tipo "Moção de Glorificação e Homenangem das Louváveis Funções Exercidas pelos Poderes Constituídos", talvez tenhamos uma chance.

segunda-feira, 2 de março de 2009

GOG - BRASIL COM P

PESQUISA PUBLICADA PROVA
PREFERENCIALMENTE PRETO
POBRE PROSTITUTA PRA POLÍCIA PRENDER
PARE PENSE PORQUÊ?
PROSSIGO
PELAS PERIFERIAS PRATICAM PERVERSIDADES
PM'S
PELOS PALANQUES POLÍTICOS PROMETEM PROMETEM
PURA PALHAÇADA
PROVEITO PRÓPRIO
PRAIAS PROGRAMAS PISCINAS PALMAS
PRA PERIFERIA
PÂNICO PÓLVORA PA PA PA
PRIMEIRA PÁGINA
PREÇO PAGO
PESCOÇO PEITOS PULMÕES PERFURADOS
PARECE POUCO
PEDRO PAULO
PROFISSÃO PEDREIRO
PASSATEMPO PREDILETO
PANDEIRO
PRESO PORTANDO PÓ PASSOU PELOS PIORES PESADELOS
PRESÍDIO PORÕES PROBLEMAS PESSOAIS
PSICOLÓGICOS PERDEU PARCEIROS PASSADO PRESENTE
PAIS PARENTES PRINCIPAIS PERTENCES
PC
POLÍTICO PRIVILEGIADO PRESO PARECIA PIADA
PAGOU PROPINA PRO PLANTÃO POLICIAL
PASSOU PELO PORTA PRINCIPAL
POSSO PARECER PSICOPATA
PIVÔ PRA PERSEGUIÇÃO
PREVEJO POPULARES PORTANDO PISTOLAS
PRONUNCIANDO PALAVRÕES
PROMOTORES PÚBLICOS PEDINDO PRISÕES
PECADO PENA PRISÃO PERPÉTUA
PALAVRAS PRONUNCIADAS
PELO POETA PERIFERIA


http://www.youtube.com/watch?v=ButBOWEsSQs&feature=related

domingo, 1 de março de 2009

TFP

Pois nem todo lema ruim, é ruim da mesma forma, ou mesmo ruim de qualquer forma (depende do ponto de vista) quando dito por pessoas diferentes. Ou é?